domingo, abril 19

Os desembalos de sábado a noite

Cansada da monotonia dos sábados à noite em casa protestei no encontro entre amigas e obtive. Saimos de balada ontem a noite. Estávamos em dúvida se faríamos estilo comportadas ou "Suzana Vieira", já que os homens da nossa faixa etária têm rareado.

Optei pela dica dum amigo "quado for à caça vista roupas que valorizam o corpo" honestamente sempre achei isso um tanto vulgar mas segundo ele eu não deveria ignorar o corpo, afinal é uma parte fundamental. Vesti uma blusa preta meio transparente com um decote ousado. Lembrei também de outro amigo e vesti uma calcinha da marca "noku". Sapatinho de salto, lógico. E um jeans bacana. Me pintei e saí! Não sem antes me tocar do traje e telefoná-lo só prá ouvir ele me antendendo com seu clássico jargão, e muito oportuno naquele momento, "É piiii...ranha!"

Quatro amigas se encontram no open house duma delas, afinal a balada forte (e cara!) era só a partir das 22h e obviamente não seríamos as primeiras a chegar... Levei como pauta a questão do meu amigo psicanalista: "ô gente, meu amigo perguntou se tá rolando um broxantismo por parte dos homens mesmo, ou se a mulher que falou isso prá ele era louca!" Discussões de casos, alguns com mais, outros com menos detalhes, levaram à seguinte conclusão hormonal "Diz prá este seu amigo aí que só falta incluir ele na sua amostra prá gente concluir o estudo!"

A entrada triunfante na festa, ao som de flashbacks dos anos 80, fez olharmos nos relógios - estava vazia. Pior, a população local era algo como 30:5 - 30 mulheres prá 5 homens dos quais apenas dois não estavam acompanhados. Já comecei a rir e nos lembramos porque a gente costuma ficar em casa nos sábados a noite. De repente toca "It's raining man" Pensei "Aleluia!" e vejo o amigo do pai da aniversarante de 40 anos na minha frente, dançando todo empolgado. Foi a melhor gargalhada da noite - fazia tempos que eu não conseguia parar de rir daquele jeito.

E como só tinha mulher mesmo, observamos o comportamento dos dois solteiros. Não investiram em nenhuma das alternativas femininas até as 4 da manhã - hora em que a festa acabou. Desejamos ter nascido homens naquela festa. Óquei que eles poderiam simplesmente não estar afim de de nehuma, nós também não nos interessamos por eles, mas a teoria do broxantismo faz sentido. Comemos outro pedaço do bolo, final ele parecia ser o único bem casado da festa, com aquela massinha leve e doce de leite no meio - uma delícia!