segunda-feira, fevereiro 18

Tarde de segunda

E depois de um final de semana gostoso entre amigos e familia, acordo orgulhosa achando que estou em dia. Ledo engano, um sono assolador me bate logo às 14 horas, minha cama sorri prá mim: "venha minha linda, te abraço!"

Estávamos num quarto, eu, ele e minha prima, cada um em sua própria cama. A conversa ia rolando e eu mal conseguia abrir os olhos de sono e preguiça. A tempestade lá fora perturbava vez por hora. Lá pelas tantas, a prima empurrou meu braço numa manobra esquisita de modo que eu fiquei entre as duas camas: a dela e a dele. Não estava desconfortável, mas ele entendeu que o assunto era com ele - me puxou. Aí que não abri os olhos mesmo, morri de vergonha, a vergonha que sempre sinto na eminência de ser beijada. Ele foi puxando mais, e outro tanto mais, e mais um pouco ainda, tudo devagar, até quando me senti completamente abraçada por ele com minha cabeça em seu peito, voltada para baixo, obviamente fugindo dos seus olhos e óbvios beijos. Apesar disto a sensação, a melhor parte, era de aconchego e carinho.

Não satisfeito, como é de se esperar do sexo oposto, ele se atreveu a acariciar mais do que devia. Ainda sem abrir os olhos eu me virei e desviei como sempre fiz desde os 15 anos. Ele percebeu o charme: "Tudo bem, depois que eu beijar eu posso tudo mesmo!" Todo mundo riu. Mais um trovão e o sonho sumiu.

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