domingo, abril 20

Preconceito sobre a Divulgação Científica da Educação Física

Sim, tudo em maiúsculas para dar a devida importância, ainda que truncada aos olhos dos jornalistas, que seja! Nosso curso não é de Estilo de Redação nem de Jornalismo Científico, é de Divulgação Científica também em letras maiúsculas, pois todos são dignos de importância tanto quanto é a Medicina.

na escrita jornalística evita-se usar letras maiúsculas, dizem os professores preocupados com o estilo jornalístico ao diminuir nossas letras, ainda que tal ato em respeito ao estilo esbarre no preconceito profissional. convém apenas lembrar que o nosso texto já havia sido revisado pelo próprio entrevistado, um dos mais respeitáveis profissionais de educação física do brasil, cuja tese de doutoramento levou à concepção do maior ambiente de divulgação científica da educação física brasileira, o cev.

Basta conviver com os profissionais da Educação Física para compreender a importância da profissão, é tão simples quanto conviver com os divulgadores científicos. Quem acha que a verdade está apenas nos livros densos, verdadeiros tratados de 500 páginas, construídos com anos e anos de trabalho Hipocrático que morra de inveja da alegria e da descontração com que estes profissionais estudam e trabalham. Sim, eles se divertem estudando, se vestem para trabalhar como se fossem a clubes e trabalham por esporte. Que mal há nisso além do seu desejo de gozar a vida deles e ser bem remunerado para viver assim?

Sim, há exceções, assim como em toda e qualquer profissão, mas a questão é que o humor e a alegria inata destes profissionais, na maioria das vezes bem sucedidos, não anulam o comprometimento e a seriedade com que realizam seus trabalhos, seja lá a qual sub-área estejam se dedicando.

Mais do que isto, embora ainda haja divergências classificatórias entre os autores, segundo a IASI a Educação Física é uma das dezenove áreas das Ciências do Esporte, configurando-se, portanto, além de outras funções profissionais, em Ciências, merecedora de todas as letras maiúsculas do alfabeto, jornalístico ou não, afinal estamos apenas divulgando.

2 comentários:

Anônimo disse...

Andréa, não sei qual é a da educação física de hoje. Sei que mudou demais pra do meu tempo, em que era, praticamente recreação no colégio -quase um "recreio" dobrado, só sei que os salários, na média, são baixos demais. Falta regulamentação, falta toda uma base, falta muita coisa. Tenho uma penca de amigos formados na área e, te digo, é complicado. Mas o que é fácil hj em dia, né??

Bom, bjs...

Anônimo disse...

Querida amiga Andréa Ramirez,

Como quem procura relaxar em início de férias, bateu-me a curiosidade em pesquisar nomes, entre eles o meu próprio e o seu e, bingo!, foi de primeira: você apareceu!!

Nos conhecemos em uma escola estadual: eu professor de Psicologia e você, de Biologia. Talvez ainda venha a se lembrar da minha pessoa.

Quanto aos textos publicados em seu Blog e em particular o Preconceito sobre a Divulgação Científica da Educação Física, gostaria de comentá-lo. Não deu para compreender ampla e profundamente suas idéias apenas pelo que está contido no blog, mas vamos lá.

De um ponto de vista comportamental, cada um “escolhe”, consciente ou inconscientemente, cada aspecto da vida que queira ver ou compreender e assim vivenciá-lo.

Não há paradoxo aqui: o indivíduo é “regado” pelas informações ambientais (visão behaviorista) e faz uso de suas faculdades mentais através de seus instrumentos internos –o consciente e o inconsciente, embora este não permite tantas escolhas.

Sua própria trajetória de vida, Andréa, prova isto. Evoluiu bastante profissionalmente e tenho certeza de que o seu potencial pessoal e profissional a levará mais alto. E continua, linda, leve e solta(?).

A divulgação científica em certos setores como o da Educação Física é vítima do contexto histórico e social. O novo nem sempre é recebido com louvações e aplausos. Até que, um dia, piagetianamente, novos padrões científicos impõem nova realidade, novas regras e uma acomodação acontece.

Essa parece ser a regra da evolução: o novo precisa vincar seu espaço e assim poder revelar o que não era escondido, mas apenas desconhecido.

Siga em frente.

Beijos


Prof. Geraldo Inácio


P.S. O texto de Lou Salomé, uma delícia!